segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Instrumentos da Capoeira: Berimbau


Creio que a História do Berimbau todo mundo conhece , se não conhece , veja um pouco mais sobre ele:

O berimbau é um elemento fundamental na capoeira, sendo reverenciado pelos capoeiristas antes de iniciarem um jogo. Alguns o consideram um instrumento sagrado. Ele comanda a roda de capoeira, dita o ritmo e o estilo de jogo. São dados nomes às variações de toques mais conhecidas, e quando se toca repetidamente um mesmo toque, diz-se que está jogando a capoeira daquele estilo. As variações mais comuns são "Angola" e "São Bento Grande".
Fonte : Wikipédia

Mais na técnica o Berimbau é um instrumento muito complicado de tocar , consiste em usar uma vareta , pedra e o caxixi , e assim você tem que utilizar os três em ritmos sincronizados para poder realizar os toques.
O toque Iuna é na minha opinião o toque mais complicado de tocar , usando algumas variações no toque para não se tornar um toque enjoativo para quem escuta,
O toque mais fácil é o toque de angola é claro , usando somente quatro notas para poder realiza-lo , mais tambem temos que variar o toque para não ficar enjoativo como disse acima.
Existe três tipos de berimbaus , o Gunga , Médio e Viola:

Entre esses três tipos de berimbaus , o Gunga é o mais respeitado , podendo começar primeiro entre os três berimbaus ou terminar , geralmente o Mestre é o que toca o Berimbau Gunga.
O Berimbau Médio é muito usado na Capoeira Regional , ele é muito utilizado no toque São Bento Grande.
O Berimbau Viola é entre os três o mais agudo , muito usado na Capoeira Angola , e é ótimo para fazer "repiques" entre os demais .

Espero que vocês tenham gostado do post , e qualquer dúvida é só perguntar que eu responderei .

Obrigado , Até Mais.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

História da Capoeira


O Brasil a partir do século XVI foi palco de uma das maiores violências contra um povo. Mais de dois milhões de negros foram trazidos da África, pelos colonizadores portugueses, para se tornarem escravos nas lavouras da cana-de-açúcar. Tribos inteiras foram subjugadas e obrigadas a cruzar o oceano como animais em grandes galeotas chamadas de navios negreiros. Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro foram os portos finais da maior parte desse tráfico.

Ao contrário do que muitos pensam, os negros não aceitaram pacificamente o cativeiro; a história brasileira está cheia de episódios onde os escravos se rebelaram contra a humilhante situação em que se encontravam. Uma das formas dessa resistência foi o quilombo; comunidades organizadas pelos negros fugitivos, em locais de difícil acesso. Geralmente em pontos altos das matas. O maior desses quilombos estabeleceu-se em Pernambuco no século XVII, numa região conhecida como Palmares. Uma espécie de Estado africano foi formado. Distribuído em pequenas povoações chamadas mocambos e com uma hierarquia onde no ápice encontrava-se o rei Ganga-Zumbi, Palmares pode ter sido o berço das primeiras manifestações da Capoeira.
Desenvolvida para ser uma defesa, a Capoeira foi sendo ensinada aos negros ainda cativos, por aqueles que eram capturados e voltavam aos engenhos. Para não levantar suspeitas, os movimentos da luta foram sendo adaptados às cantorias e músicas africanas para que parecessem uma dança. Assim, como no Candomblé, cercada de segredos, a Capoeira pode se desenvolver como forma de resistência.
Do campo para a cidade a Capoeira ganhou a malícia dos escravos de 'ganho' e dos frequentadores da zona portuária. Na cidade de Salvador, capoeiristas organizados em bandos provocavam arruaças nas festas populares e reforçavam o caráter marginal da luta. Durante décadas a Capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da sua prática deu-se apenas na década de 30, quando uma variação da Capoeira (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente, Getúlio Vargas. De lá para cá a Capoeira Angola aperfeiçoou-se na Bahia mantendo fidelidade às tradições, graças principalmente ao seu grande guru, Mestre Pastinha , que jogou Capoeira até os 79 anos, formando gerações de angoleiros .

Fonte : Wikipédia

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